sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Tina Weymouth





Aproveitando que hoje a Tina está completandos seus bem vividos, 63 anos, o blog deixa sua homenagem  compartilhando com vocês,  a história de um dos grandes icones feminino do punk. Nascida em  Coronado, Califórnia, Estados Unidos, Tina participou de algumas bem sucedidas bandas como: Talking Heads, Tom Tom Club e Gorillaz. Falar sobre a vida dela pessoal é quase impossivel, já que não tem quase nada na internet ou em livros pra ser explorado, mas sobre sua musicalidade não falta assunto, no filme CBGB com estreia nos próximos meses, tem alguma coisa sobre ela. Vamos esperar.

Confesso que conheci a Tina através do Tom Tom Club, há alguns anos quando ganhei um dvd com vários videos punk 77, e  no final tinha o Tom Tom Club, particularmente não curti esse trabalho dela, massss, vamos a história da Tina por partes, ou melhor, por banda:





 *Talking Heads


David Byrne, Chris Frantz e Tina Weymouth eram estudantes de desenho, na Rhode Island School. Os três tinham  algo em comum que era a musica/arte.  Byrne foi o primeiro a se arriscar no meio musical, com uma banda chamada Revelation.

Em Rhode Island, David conheceu o baterista Chris Frantz e juntos formaram a banda The Artistics, ou maldosamente chamada de  "The Autistics", que tocava basicamente covers, embora David já tivesse escrito algumas canções, entre elas "Psycho Killer", "I'm Not In Love" e "Warning Sign" sucesso posteriores.

Uma das maiores fãs do grupo The Artistics, era Tina (logicamente) então namorada de Frantz. O The Artistics não teve notoriedade e se dissolve em 1974 e os três pensam em montar uma banda nova, juntos. Tina resolveu adotar o baixo e o trio se muda para o Lower East Side, em Nova York e mudou o nome da banda para Talking Heads.


 

A primeira grande apresentação da banda foi a abertura de um show dos Ramones no lendário “CBGB's Club”, em Nova Iorque.  Como toda banda novata, os três passavam horas ensaiando e escrevendo novas canções, quase todas de Byrne.  O som deles era muito diferente dos demais grupos ligados ao CBGB: não era tão visceral quanto os Ramones, nem tão técnico quanto o Television. Também não havia uma musa nos vocais, como Debbie Harry ou alguém do carisma e poesia como a Patti Smith. Mas o Talking Heads foi uma banda chave dentro da cena New Wave e punk em asceção, e ganhou notoriedade por fundir o rock com inúmeros ritmos, inclusive os africanos.


Os Talking Heads não eram nem grandes músicos, mas possuíam algumas características interessantes, como a maneira de David Byrne cantar, as letras extremamente inteligentes e uma mulher como instrumentista e não cantora, novidade para a época que depois foi seguida a risca uma tradição de mulheres baixistas ao longo dos anos 80 e dos anos 90, nem precisa ir longe pra lembrar de alguma baixista feminina.
 
 
 

Tina foi considera a melhor baixista do mundo, eleita pela revista Bass Play, por sua criatividade e olhar psicopata em "Psycho Killer".
 
Sobre a época Byrne diz: "nossas músicas eram estranhas para boa parte das pessoas e acho que fomos a última banda do CBGB a assinar um contrato. Quando entramos em estúdio, Blondie já era famoso e Debbie era uma nova Marylin Monroe, Patti Smith, tinha virado a grande poetisa moderna; o Television era idolatrado pelas 'guitarras gêmeas' e os Ramones foram uma das grandes influências para os grupos punks londrinos. Foi um período frustrante para mim, porque achei que jamais teríamos uma chance de verdade, embora estivéssemos trabalhando duro e com boas composições."

 


Logo o grupo faz uma demo com "Psycho Killer", "'First Week, Last Week/Carefree" e "Artists Only" para Beserkeley Records, que se transformaria em um dos discos piratas mais famosos do grupo nos anos 80. Após a gravação do compacto o grupo ganhou um quarto integrante: o guitarrista e tecladista Jeremiah Griffin Harrison, que já tinha feito parte do grupo Modern Lovers. Com a formação fechada, o grupo começa a gravação do primeiro LP, em abril de 1977. As gravações para o primeiro LP foram um pesadelo, especialmente para Byrne, que quase desistiu de tudo.

Extremamente habilidoso em fazer contatos, Byrne tinha feito uma grande amizade com John Cale, ex-Velvet Underground e deixava que ele fosse o produtor do primeiro LP, Byrne não queria apenas ser uma banda de rock, queria ir além do que as outras bandas faziam. As gravações duraram mais de três meses, até julho, quando o grupo parte para uma primeira excursão para a Inglaterra. E, finalmente, em setembro de 1977, é editado o primeiro LP, Talking Heads: 77. O grupo mostrava um grande talento, especialmente nas peculiares letras de Byrne. Ao longos dos anos, porém, o álbum se tornaria um clássico e uma das melhores estréias da década de 1970.



Logo após o lançamento, a banda ia novamente a Europa. E foi nessa viagem que conheceram o gênio, Brian Eno ( ex-Roxy Music). Eno junto com David Bowie, que na época eram extremamente unidos, assistiram o show do Talking Heads, em Londres e logo se interessaram pela proposta da banda.

Bowie e Byrne logo começaram uma amizade, embora sem participações em discos. Com Brian Eno, "o produtor",  Byrne começou a explorar novos horizontes musicais, como o country, o soul, o funk, reggae e até o punk. No começo tudo era muita felicidade, por terem encontrado um produtor que entendia as idéias, e era diferente dos primeiros produtores que trabalharam com a banda. Além de produzir, Eno tocou guitarra, piano, sintetizadores e percussão e deu várias idéias nas letras, embora Byrne não gostasse de interferência neste campo. Foi nesse clima que nasceu 'More Songs About Building And Food'.



Sobre o titulo do album, Tina disse: "estávamos gravando o disco e tivemos uma discussão idiota sobre qual título deveríamos dar. Me lembro que eu disse 'como chamaremos um disco que só fala de construções e comida?'. Foi quando Chris virou e disse 'por que não o chamamos então de More Songs About Building And Food?'"

Lançado em 14 de julho de 1978, More Songs About Building And Food fez mais sucesso que o anterior, mas não o suficiente paraficar no Top 20. O disco abriu novas possibilidades para os Talking Heads e Brian Eno parecia ser o parceiro ideal para o quarteto. Uma decisão que começaria a ser repensada a partir do próximo trabalho.



Com o passar do tempo, a banda cada vez mais passou a ficar em segundo plano, sob os pés do líder David Byrne. Após um espaço de 3 anos sem gravações e shows foi dada a “sentença definitiva”. No dia 2 de dezembro de 1991, David Byrne anunciou o fim do grupo Talking Heads durante uma entrevista no Los Angeles Times.  A banda ainda é referencia para muitas bandas atuais como Arcade Fire e The Killers.








O Tom Tom Club  foi uma banda de New Wave com influências de reggae, musica latina e black music, formada em 1981, como um projeto paralelo de David Byrne, Tina Weymouth e Chris Frantz ( ambos do Talking Heads). Embora nascesse como um projeto paralelo à banda experimentou um relativo sucesso comercial, especialmente no início do grupo, com o lançamento do primeiro Lp.  O Tom Tom Club seguiu uma linha mais comercial que o Talking Heads, e mesmo assim, obteve pouco sucesso ao longo da carreira, com destaque apenas no inicio, a banda sempre fez invervalos longo a cada disco, intevalos de até 10 anos.


Porém é creditado ao Tom Tom Club a criação de um dos primeiros raps da história, um dos responsáveis pela expansão do gênero na década de 80. O  ultimo disco do TTC foi o  “Downtown Rockers” de 2012, onde a faixa título é uma homenagem a música pop e rock dos anos 70 feita em Nova York e cita o nome de várias bandas conhecidas. O videoclipe inclusive traz a participação de personagens como Debbie Harry (do Blondie) e Richard Hell (The Voidoids).

Tina ainda é casada com Chris Frantz, estão casados desde 1977 e tiveram dois filhos: Egan e Robin. Além do Tom Tom Club. Tina gravou canções para o grupo Gorillaz.





Fonte:  http://blogdojuniorr.blogspot.com.br



segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Entrevista - Banda Nervosa


Fúria Feminina- Fernanda Lira

Sabado, 18 de Agosto, foi uma dia/noite marcante para a cena rock/metal do Amapá, depois da vinda de bandas de peso como Ratos de Porão, Matanza, Korzus, Gestos Grosseiros e Dead Infection e a vez da banda revelação do Thrash Metal Nacional, Nervosa, no encerrando da Semana da Juventude no Amapá promovido pelo Governo do Estado e o Coletivo Frente Norte. 

Particularmente já conhecia o trabalho da banda desde o começo do ano passado através de amigos de SP  e nesse tempo pude acompanhar como tem sido meteórico o reconhecimento do público e o crescimento do número de fãs da banda, que desde o inicio não perdeu a qualidade e pelo visto permanecerá por muito tempo na história do metal nacional. Depois do Show em Belém, tive plena certeza que logo seria a vez do Amapá receber as meninas e não demorou! Com a banda em terras tucujus, o Blog teve a oportunidade de fazer uma entrevista com a banda, falando sobre cena nacional, mulheres na musica extrema, a carreira e o futuro da Nervosa. Confira!


A Entrevista
AN- Como tem sido a rotina de vocês atualmente e os shows no Norte do País?


Fernanda- Tocamos em várias cidades pelo Nordeste, pelo Norte nos últimos meses, e isso tá sendo bem legal. Cada lugar o público é diferente, é especial de alguma forma, diferente mais é sempre especial. A galera tá recebendo a banda muito bem. Tocamos em Belém, Teresina, Maranhã e Acre. Algumas bandas já tinhamos ouvido como Megahertz, foi muito legal tocar com eles em Teresina.   

Prika- A Disgrace Terror, em Belém. Conhecemos o pessoal do Warpath, viajamos com eles. É sempre legal isso tudo para nós. É experiência nova, desafios novos, galera nova, cena difente. O pessoal acha que a cena no Brasil é a mesma coisa, mas não é! Muda muito. A cena de São Paulo nem se compra com a cena que vimos no show de Belém. Em Tocantins, a galera é insana! Palmas o publico curtido pra caramba, então é gostoso saber a variedade, o jeito de cada headbanger curtir é muito gratificante!

Fernanda- O show que a Pit estreou com a gente foi no Acre, em Rio Branco.

Pit-  Foi demais! Galera pirando, show de bola! Essa coisa que a Fê falou, cada região é diferente e então é legal conhecer o pessoal , quem curte thrash mesmo! Que vai a shows, sai de casa, vai prestigiar, isso é legal!
Prika- Nos vimos o pesssoal no Norte e Nordeste, o público valorizando muito a cena local,  acho que  o show mais doido que a gente fez, questão de público, foi no Norte e Nordeste. E Minas Gerais também! Claro que todo lugar é especial, mas em termo de tipo ir, apoiar, aquilo marcou. Norte e Nordeste, tivemos muitas experiências bacana.

Fernanda- A possibilidade , acessibilidade aqui é mais complicado, tá longe do centro que é São Paulo, as coisas costumam acontecer mais lá, a mídia tá mais lá. População maior e tal. Então aqui o povo dá mais valor. São Paulo é um lugar mais chato de se tocar. O publico é mais acomodado, mais entediado, lá tudo é muito mais fácil. O publico de longe da mais valor. No interior de SP, já  é diferente, pois lá eles são mais fanáticos, dão valor mesmo.



AN- Da formação inicial só resta a Prika e ocorreram muitas mudanças na Nervosa, como a saída recente da Fernanda Terra, houve um desanimo na banda com a saída dela?

Prika- A banda acontecia só em estúdio, antes de a Fernanda Lira entrar, arranjamos uma vocalista, mas ela não tinha condições de tocar porque ela estava aprendendo a tocar e ainda não sabia cantar e por outros motivos não deu certo, até acharmos ela. A banda só foi realmente cair na estrada e acontecer quando a Fernanda Lira entrou.

Fernanda- Depois da saída da Fernanda Terra, não desanimamos. A Fernanda era um pouco diferente da gente, apesar de tá ali tocando, se esforçando e muito bem, ela tinha outras influencias, outras ideias, por isso ela saiu da banda. As ideias não batiam.  Então pra gente trazer a Pit para banda foi melhor, porque as ideias dela batem mais com as nossas, as coisas fluem melhor.
Prika- Acho que o bem estar da banda é muito importante, você está com as ideas em sintonia, não  que  todo mundo tem de pensar igual, claro que não! Mas é ter o mesmo foco, os mesmos objetivos. Abrir mão de algumas coisas em prol de algo maior, isso é muito importante e quando a Fernanda saiu, as ideias estavam um pouco diferente, então com a chegada da Pit, foi um novo gás, não encaramos como uma fase de desanimo. Foi essencial para terminarmos nosso disco, ao invés de desanimo foi ao contrário. Era o gás que faltava. Foi tipo: “agora sim, tá foda!” (risos)
Fernanda-  Tipo isso! A viber dentro da banda tava muito legal, assim! A Pit, veio para completar muito. Era o que faltava.
Pit: Vim pra trazer os protetores solares, as blusas, os guarda-chuva... ( todos riem)


Coletivas de blogueiros

AN- A Nervosa lançou um vinil recentemente e é perceptível a aceitação do público tanto a nível nacional, como de outros países. Vejo pelas redes sociais o público elogiando o trabalho de vocês, como é esse reconhecimento?

Fernanda- É muito bom! Já temos uma tour marcada para a Europa, então a expectativa é muito grande e a ansiedade também, todas com  refluxo, as gastrites estourando (brincando), muita ansiedade.

Prika- Meu intuito sempre foi isso! A coisa mais gostosa que tem é você  compor um som, você ouvir seu filho (disco) tomando forma, mostrar o seu trabalho, não só com a musica, tipo, já fiz trampo de jornalismo pra tentar contribuir com o metal de alguma maneira. Perpetuar a coisa, fazer a minha contribuição. Eu acho que o legal de você ter uma banda e conseguir chegar a essas outras regiões, outros países como você comentou, acho que é a concretização de um objetivo. Meu intuito como banda é mostrar meu trabalho, o maximo possível, deixar minha marca no metal, deixar o meu legado para que nunca morra a coisa. Ver as pessoas da Malásia elogiando, pessoas de Israel, não tem preço que pague!
  
AN- A presença de mulheres no metal nunca foi tão forte, ainda mais se tratando de uma banda só de mulheres, e vocês atualmente tem representado as mulheres que curtem e fazem um som mais extremo. Como é encarar essa situação e tocar com bandas masculinas de peso da cena nacional, existe ou não a união no metal nacional?

Fernanda- Nos Sentimos muito feliz! É tudo que nós sempre quisemos. Batalhamos por isso! O pessoal tem mania de julgar a gente e criar histórias, de falar que pagamos pra tocar. Meu, é só você parar para pensar um pouco.
Prika - Como nós somos mulheres, as pessoas se interessam, tem curiosidade, naturalmente elas vem até nós, por curiosidade! "Elas tem algo de diferente", sabe? Então não pagamos para nada, pelo contrário!
Pit - É algo natural, como nós gostamos muito de thrash metal e desse estilo de vida, de sair na estrada, tocar, conhecer lugares pelo Brasil inteiro como aqui, fica natural e é maravilhoso.

Fernanda-  Eu acho interessante isso de representar a mulherada, hoje em dia tem muitas mulheres em shows, tanto no público, como muitas mulheres tocando. É uma tendência normal, natural. Headbanger é headbanger, metal tá ali, não tem diferença se é mulher ou não. Acho muito interessante que nos nossos shows,  tem muitas mulheres, e muitas vem comentar que se sentem representadas e dizem: "sempre quis ter uma banda, não consegui" e vêem a gente e se sentem realizadas. Isso porque a gente ainda tá construído, mas eu sinto muito orgulho e sempre divulgamos as bandas amigas que tem mulheres e que nos apoiam.


Fernanda - Todas as principais bandas do Brasil, atualmente: Korzus, Krisiun,Claustrofobia, Torture Squad. Todas apioam nosso trampo!
Prika- Sabe por que? Não é nem pelo lance de ser novo e mulheres.

Prika- Os caras admiram nossa correria, sabem do nosso esforço, nós conhecemos todos pessoalmente, então eles vêem que nosso corre é sincero, tanto quanto o deles. Usamos os mesmos meios deles pra chegar nos lugares. Vendo isso, por exemplo, vendo que estamos prosperando eles nos apoiam para caramba, pode até não curtir o som de repente, mas não deixam de apoiar , não é essa utopia. Existe sim, a união no metal nacional, existe união entre as bandas!
Prika- Mulher não leva tão a sério. Pode ter tido bandas que levaram a sério, de querer tocar, estudar o instrumento, mas não largou família, mudou de cidade, não largou faculdade, trampo, não fez realmente tudo pela banda. É o que acontece com as bandas masculinas, eles largam tudo, investem mesmo.
Fernanda- Muitas tem medo. A banda tem potencial, porém não dá o sangue, dá a pele, mas não dá o sangue.
Prika- Não quero de nenhuma forma ser mal interpretada, achando que somos isso ou aquilo. Mas acho que isso é muito legal, tudo isso que a gente tá fazendo, está conseguindo, construindo essa estrada, tudo isso de tocar em bastante lugares. Ser exemplo para as bandas de mulheres, tipo: " É isso ae! Elas estão abrindo mão de tudo, estão conseguindo fazer, então dá pra fazer!" Acho que é uma maneira de expandir a mente da galera para esse sentido.

Com a Camiseta do Blog Amapaense "Eu Sou do Norte"
AN- Recentemente teve uma polêmica sobre o metal nacional, onde muita gente quer ver as bandas e ter acesso ao material, mas não quer pagar. Qual a opinião de vocês sobre isso e a cena em geral?

Prika- Na verdade é uma questão econômica, não e uma questão da cena metal. O Brasil tá passando por dificuldades que se você for parar para pensar, é uma questão econômica do país. Hoje em dia tudo está muito caro! Se você for em um show de qualquer banda de axé da vida, tá caríssimo! A galera paga mais é diferente, o público do metal, o pessoal é mais simples. Então é difícil pagar caro. A internet facilita muito, principalmente nas cidades grandes, onde tem mais acesso as coisas. Por isso que falo que em SP o povo é mais acomodado, o cara fala assim: por que vou sair de casa, com chuva pra assistir um show do Destruction, hoje, se ano que vem os caras voltam?

Fernanda- O que a Prika falou é correto! Porque em SP que é uma cidade cara não é só o lance de comprar o ingresso. Você tem de pensar no estacionamento, tem de pensar no que vai consumir lá de bebida que é caro e tal, mas eu concordo com esse lance que tem pessoas que são os gladiadores do metal na internet, onde diz que apoia, mas na hora do vamos ver, de pagar os 10 reais para ver  10 bandas foda de metal, não cola. Porque tem outras prioridades, é um mito dos dois lados, claro! Economicamente eu mesma quantas vezes já deixe de ir em eventos. Teve o Garulhos Metal Fest em São Paulo e eu não pude ir porque tava sem grana, porém tem esse fator, também, que as pessoas são acomodadas.
Prika-  como tem muitas coisa acontecendo ao mesmo tempo, não tem como você apoiar tudo ao mesmo tempo,  por exemplo. Então o pessoal vai em um show aqui, comprar um cd ali. É o que dá para fazer com o dinheiro delas.

Metralhada - O Show no Fechamento da Semana da Juventude-AP
AN- Sobre o futuro da banda, quando sai o disco e já tem alguma tour marcada para fora do Brasil?

Fernanda- O lançamento tá causado muita ansiedade! Tem uma previsão mais ou menos para esse ano, mas nada certo, provavelmente sai em Novembro ou Dezembro.
Prika- Já está tudo pronto, entregamos para a gravadora todo material e depois disso é só esperar. Por isso que estamos com os nervos atacados ( risos) estamos esperando sair a data de lançamento para poder marcar a tour na América Latina, terminar fazer todos os estados que faltam aqui no Brasil, para depois ir para a Europa e tudo mais. O clipe novo, temos agendado para fazer, e é provável que saia antes do disco.
Fernanda- Temos um contrato assinado para fazer  uma tour na Europa. Mas ainda não tem as datas e cidades marcadas, provavelmente vai ser depois de Abril, quem sabe um festival de verão. Era pra ter acontecido esse ano, porém por um problema de logística, preferimos deixar para depois, porque sai o disco, é um motivo maior, e assim o show fica mais completo.
Prika- Para  irmos lá fora e para lugares novos com um pouco mais de consolidação, um pouco mais de estrutura, voltar pra Macapá com cd na mala (risos).

AN- Pra terminar, qual recado pra galera que tá começando sua banda ou já está batalhando na cena?

Fernanda- Não desistam, dê seu sangue. Todo trabalho duro tem resultados.  Acho que o segredo de você conseguir alcançar seus objetivos é insistir e focar. É isso que nós fizemos.
Prika- Ser Honesto no seu corre e focar. Tudo que você faz com dedicação, mesmo que não dê certo, você  vai se sentir completo por ter tentado. Esse é nosso recado, fazer sempre com honestidade e muito foco.
Pit- Gostar bastante do que faz e não desistir!


Eu, como blogueira e também fã da banda.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Resenha - “Spirits” e “Terra de Santa Cruz” de Alan Flexa


Quem gosta de sonoridades e experimentações vai se deliciar com esses dois trabalhos do musico, Alan Flexa. Os EP´s “Spirits” e “Terra de Santa Cruz”, que só possuem semelhanças ao serem instrumentais, de resto são completamente diferentes, um é mais voltado a reflexão do ser e da alma e o outro ao descobrimento, seja ele também interior, ou a descoberta de novos horizontes e rumos na vida.




O Artista: Alan Flexa é musico e produtor  cena amapaense, nascido em 02 de junho de 1980, na cidade de Macapá, Amapá. Atuante na cena, desde 1996, tanto como musico, como na função de produtor, já produziu diversos artistas amapaenses como Desiderare, Amatherasu, Vila Vintém e Dkoff, além de participar do projeto Seed Falls. Atualmente é tecladista da banda de folk metal, MorrigaM. Nos últimos anos, Alan Flexa, tem produzidos um numero considerável de trabalhos autorais em carreira solo, dentre eles os dois EP´s que já passaram pelo blog , “Alquimia” de 2010 e ” Khaminari” lançado em 2012.


                                                                  Spirits

Spirits é um EP de Mystic New Age, lançado em janeiro de 2013, com autoria e produção de Alan Flexa, com uma proposta temática espiritual focado na organização e no equilíbrio do corpo e da mente, com sonoridades apenas instrumental e experimental. O EP já começa com a canção que trás um clima de equilíbrio espiritual, chamada de “Idade da luz”, com sonoridades que lembram um clima de chuva, reflexão e saudade. A canção é curta e tem arranjos simples de instrumentos de corda.




Seguida pela canção, “Oasis” que trás elementos da floresta, sonoridades e clima tribal produzido pelos instrumentos de sopro como flauta, além de efeitos de voz e instrumental. A terceira canção é “Fire Element”, com uma proposta mais oriental, sons que rementem aos mantras Hindus. “Microtons” é a canção que pra mim é o ponto alto desse disco! Lá atrás no EP Khaminari, Alan Flexa, já havia mostrado essa desenvoltura com canções com ritmo e som mais no clima futurísticas e utópico, e essa canção tem essa pegada, além de tem uma viber mais eletrônica e animada. A próxima canção, “Rising Sun”, continua seguindo a formula e o acerto de "Microtons", em uma linha futurista e oriental só que mais evoluída, que me lembrou o clima penetrante e reflexivo  de “Warsawar” de David Bowie em Low (1977), uma mistura e variação de sintetizadores bem trabalhados, sem deixar de ter uma originalidade e de casar com todas as canções do disco, impossível ouvir apenas uma vez!


Por fim, “The Universe”, que mostra que o artista conseguiu, sim, transmitir o equilíbrio entre tons/sons e variações musicais de teclado, uma mistura plena e tensa, uma musico-terapia aos amantes de musica experimental. Arte e produção do disco são de Alan Flexa.


Recital: O EP, Spirits foi apresentado a um público selecionado no auditório do MIS. Como o local era pequeno, não dava para divulgar a um publico grande, apenas convidados tiveram a oportunidade de ver e ouvir o Recital Mistic New Age que teve uma atmosfera ambiente com velas, candelabros e incenso, além de esteiras no chão. Uma apresentação bem intimista, mas sem perder a atmosfera mística, celta e espiritualizada que rodeia praticamente toda a produção instrumental de Alan. Foram apresentadas, tanto musicas do Spirits, como do ep Sirex e interpretações de Beto Guedes e Sebastian Bach. Os musicos convidados para acompanhar o artista foram: Lara Utzig  da banda DESIDERARE (voz), Edilson ( baixo) e Iann de Magalhães (bateria).



                                                  Terra de Santa Cruz


Conteúdo Histórico: Em 22 de Abril de 1500 chegava ao Brasil 13 caravelas portuguesas lideradas por Pedro Álvares Cabral.  À primeira vista, eles acreditavam tratar-se de um grande monte, e chamaram-no de Monte Pascoal.  No dia 26 de Abril, foi celebrada a primeira missa no Brasil. Após deixarem o local em direção à Índia, Cabral, na incerteza se a terra descoberta tratava-se de um continente ou de uma grande ilha, alterou o nome para Ilha de Vera Cruz. Após exploração realizada por outras expedições portuguesas, foi descoberto tratar-se realmente de um continente, e novamente o nome foi alterado. A nova terra passou a ser chamada de Terra de Santa Cruz. Somente depois da descoberta do pau-brasil, ocorrida no ano de 1511, nosso país passou a ser chamado pelo nome que conhecemos hoje: Brasil.




O EP: Esse segundo EP é mais curto que o “Spirits”, com apenas 3 canções: Overture 1500 ( A Chegada) -  Que começa o descobrimento de experimentações e sonoridades desse EP, já nessa canção, com clima de marcha imperial e variações de sintetizadores que criam uma atmosfera de tensão, sem exageros e até mesmo com clima indígena e sons da floresta.



A canção de que dá nome ao EP, Terra de Santa Cruz, é uma canção épica e instrumental, com arranjos e sonoridades variáveis que trazem um clima de suspense e de uma orquestra simples e bem trabalhada, já no inicio, para terminar com clima de canção oriental, provocado pelos arranjos de teclado. Variação na dose certa é o item principal dessa musica.

Santa Maria (Caravela): é uma trilha experiommental que se aprofunda c a temática do disco, arranjada com sons e vozes que remetem a natureza.

 Todas as canções de Spirits e Terra de Santa Cruz, estão disponíveis para audição no soundcloud do artitas, segue o link: https://soundcloud.com/alanflexa/


sábado, 6 de julho de 2013

Entrevista - Baixo Calão (PA)


Pouco mais de um ano, a banda paraense de grindcore, Baixo Calão, volta ao Amapá para mais um show porrada e muito esperado, dessa vez no palco do primeiro "Undergrind - O retorno dos malditos" que aconteceu no dia 22 de Junho de 2013. Celebrando a volta das bandas; Baixo calão e Warpath ao Amapá, além da estreia da Visceral Slaughter (reformulação da amapaense, Anonymous Hate). 


Billy, eu e Leandro
Após a pancadaria que foi as três bandas citadas, eu (Josi Rizzari) e meu companheiro do Zine "Antiteses", Billy Podre, batemos um papo muito bacana e divertido com um dos front man do Baixo Calão, Leandro Pörckö, sobre Dead shall rise, turner europeia, cena underground e os novos projetos da banda. Segue, um pouco do que foi o papo nos bastidores do evento.

 01- Quais as lembranças que marcaram do primeiro piseiro aqui em Macapá, ano passado no Dead Shall Rise e como surgiu o convite?

Leandro Pörckö - Como foram 2 (dois) dias de shows. O primeiro eu fiquei muito doidão, curti para caramba. No segundo dia que fomos tocar, nós estávamos com uma expectativa um pouco diferente do que foi o evento, porque era um evento mais de metal e tal, viemos tocar e mostrar o nosso som para a galera daqui  que queria conhecer a gente, só que chegou na hora o público foi uma explosão. Foi nossa primeira vez em Macapá, em 2012 no Dead Shall Rise, como Baixo Calão, e o convite surgiu através do Fabrício (Anonymous Hate). 

Billy Podre, Fabricio e Lendro

Antigamente a galera queria trazer mas os custos não davam, passou um bom tempo, o Warpath veio aqui e do nada  aconteceu a ponte  e depois de 15 anos aparecemos para tocar aqui. A imagem que eu tenho marcada, foi do "Circle Piquet" que teve, foi foda para caralho!Nunca pensamos que fosse rolar uma parada dessa aqui, porque era um evento de metal, não desmerecendo, mas não imaginávamos que fosse ter uma galera mais grind. Porque tem muita falta de conhecimento da galera, pensam que grind é metal, a galera do HC  pensa que grind é metal, a galera do metal pensa que somos HC, ai a gente fica meio fudido.


02- Assim que vocês tocaram por aqui, sairam em tour pela Europa. Como foi mostrar o som do Baixo calão em terras gringas?

Leandro Pörckö - Foi outra vitória nossa! Somos daqui do fundo do Brasil, a galera do Amapá sabe o que é ser isso, ser o cu do Brasil. Chegar lá, os caras sabem que existia uma banda grind para cá, mas mesmo com o mp3 e os meios de  hoje, o cara chega no dia do show e diz que veio ver a banda, é a primeira oportunidade de ouvir vivo, comprar o cd, camiseta, patch, adesivo e ir embora com um pacotão. 

A Tour na Europa, 2012
Curtir os shows com Circle Piquet, muito mosh. Uma banda cantando em português, no meio dos gringos. Seria ate injustiça escolher apenas um lugar, uma cidade, acordávamos todo dia em uma cidade diferente, quando fazíamos uma  amizade, já tinhamos de nos despedir e pegar a estrada de novo, e a cada parada dizíamos: "Esse show foi fodido", ai chega em outra cidade, outro show foda, ai pensava: " Esse show foi muito doido" e foi virando uma sucessão de shows inesquecíveis e porrada. Mas acho que deu pra curtir a cidade de Praga, um lugar meio mórbido, cheia de gárgulas e coisas do tipo. 

O show de Praga foi marcante porque a galera que foi no show já tinha visto a gente em outros shows anteriores em outras cidades da Republica Checa e quem viu a gente nesses shows anteriores e foi no de Praga, estava usando as camisetas da banda que tinha comprado nso eventos passados. Muita gente usando a camiseta da gente nesse show de Praga, foi uma imagem inesquecivel!

A entrevista

E nós tocamos em cenários que eu passei a minha vida toda só lendo sobre eles, em zines essas coisas. Tocamos em shows underground que é underground mesmo, o cara  sabe quem é participante da cena e quem não é. Quando começa o show é fechada a porta, com um segurança na porta. 

É um show fechado, uma coisa bem particular, e chegamos a squats, que ninguém entra se for desconhecido e nós lá, estrangeiros, lá no meio, se sentindo turistas, porque percebíamos que estávamos agitando dentro de uma cenas forte e com ótima organização, galera que mora em prédios, parece um hospital de tao grande que é o espaço, tudo muito organizado, recebíamos o dinheiro bem dividido pra manter os squats, alimentação e material. Uma organização que eu paguei, galera que vive disso mesmo, não mexe com outra coisas além disso, tu ver que um show o cara combina contigo, 6 meses antes, com valor X e depois desses 6 meses, nós tocamos no lugar, nem tinha visto o cara e termina o show, o cara chega e te diz:  “tá aqui o combinado, de 6 meses atrás, a entrada deu tanto, vamos rachar o dinheiro para manter os quartos e a viagem " essas coisas. Uma organização de se admirar mesmo!


03- Quais as influências de vocês ao longo desses anos?

Leandro Pörckö - Temos influências para caramba! Surgimos em 1996, eu sou o primeiro da formação inicial, escolhi o nome da banda e todas essas coisas, o pessoal nos cobra um som punk rock como o que tocávamos antigamente.  Eu gosto de punk rock! Mas minha vontade sempre foi  de tocar um som parecido com os sons que eu ouvia, como o ROT, Napalm Death (na fase do disco “Scum”), confesso que eu queria copiar mesmo, o Napalm, queria fazer um som igualzinho, so que naquela época, não sabia fazer porra nenhuma, meu vocal era de moleque e então tocávamos o punk. Nada contra o punk,  mas o som que sempre quis tocar foi esse, o grind, foi mudando os integrantes, a galera foi pegando mais experiência na guitarra e evolui mais no vocal, ai vi que dava para fazer o grind.
No Dead Shall Rise, 2012 (fotos de Camila Karina)
Uma banda que gosto muito é o ROT, desde aquela época ate hoje o ROT foi uma das nossas maiores bandeiras, Terror Revolucionário e Noize são outras que gostamos demais, é uma infinidade de bandas que não dá para lembrar de todas agora.


04- E sobre os novos projetos do Baixo calão, vocês estão lançando um Mini-Ep, o que o público pode esperar? 

Leandro Pörckö - É a primeira vez  que vamos  lançar um mini-ep. Já foi lançado lá fora, e tudo foi fruto das nossas lutas, nós da bandas quando terminamos a turner, fizemos muitas amizades nas viagem, galera que deu muita força, ajudou. Então tivemos muitas propostas, mas nenhuma em curto prazo, para agora, apenas convites para voltar, mas nada sério. Então pensamos que era tudo passageiro, que a galera ai  esquecer, só iam lembrar enquanto  nós estávamos lá no meio, mas o pessoal da organização mais próxima, queriam fazer, eles iam atrás por lá e nos por aqui, e fomos atrás mesmo e depois de 17 anos de luta, gente que começa a acreditar na banda que até então nós sempre lançamos por conta nossa, os caras  ajudaram  a gente, gravamos, metemos o pé na porta mesmo e hoje já saiu o vinil, falta agora só colocar no colo e dormir abraçado (risos).
A entrevista

Tentamos fazer o que estávamos curtindo, é um espécie de "Atmo Medioka" (ultimo disco lançado pelo BC), só que mais sujo e levado, mas sem sem fugir  da linha do BC. O primeiro publico da banda tem de ser os integrantes, nós mesmos, depois disso que vem o público, senão fazer o que gostamos então, já era! fazemos o grind com letra, e não como a galera pensa que é mais barulho e não se importa com as letras, gostamos de letras  que tenham reflexão, mesmo que muitos falem que reflexão não enche barriga, eu prefiro fazer uma letra que faça o cara pensar, refletir do que uma música como o "lek, lek, lek"...

05- Pra finalizar, qual o balanço do show de hoje e qual recado para a galera de Macapá?

Leandro Pörckö - Nos estávamos a fim de voltar aqui e tocar, o calor daqui é como o de Belém, a galera é porrada! Vimos a galera curtindo e comentando sobre o evento no facebook, sabemos que muita gente posta que vai, no entanto, na hora mesmo, não vai! A galera tá acostumada com a  vida mais virtual que a real. Diz que vai   a todos os eventos, mas na verdade, mal sai da mesa do PC. Então fiquei com pé atrás, antes do show, meio que  desacreditado, de pensar que vai  todos que dizem ir. Eu sabia que a galera que foi no primeiro evento, ia voltar  e viria ao "Undergrind". 

O Show no Undergrind, 2012
Só que vi que a cena daqui cresceu muito, apareceu muito mais, a galera comprou cd, camiseta, deu uma ajuda para nós, pois vendemos essas camisetas e material  para angariar uma grana para lançar material novo e assim  estamos a 17 anos, já levei muita porta na cara, para continuar com a banda, então para chegarmos aqui, temos o maior conquista que é primeiro está vivo e com a banda ativa! Gravar CDs e vinil é bom, mas permanecer com a banda é uma conquista diária, então o meu recado é que terminamos o show a pouco, foi fodido pra caramba, parece que deram uma porrada na minha cabeça, agradeço a quem veio, que se multipliquem os ativos na cena, e quem não veio  devem ter suas justificativas. O underground é isso! É conhecer, ser mais um braço da família, penso que pode ser uma utopia, mas acho bacana chegar aqui, não como o troll, extremo e não falar com ninguém, mas conversa com a galera daqui e fazer amizades, isso é bacana!


domingo, 12 de maio de 2013

Resenha - Norte Extremo Fest





Depois de uma breve pausa no blog para balanço e preparação de novas matérias, o ANARCOLITICO, segue em colaboração a cena local neste ano de 2013, com as resenhas de eventos rock/metal e levando informação e cobertura colaborativa na cena local amapaense.. 


Neste sábado, 11 de Maio, pré dia das Mães, ocorreu o “Norte Extremo Fest”,  evento voltado a cena metal amapaense, que trouxe algumas das bandas locais de peso ao palco da boate Disco Gloss. Um local que particularmente sempre me deu boas lembranças de eventos bons relacionado ao meio rock/metal.


Com um atraso já esperado de mais ou menos, 02 horas, o evento “Norte Extremo Fest”, começou por volta das 10:30 da noite,  com a banda Mental Caos levando o melhor do Crossover com um setlist de 7 canções porrada.

A banda fez uma apresentação bem “hardcore” ( não tenho outro termo melhor para caracterizar o som naquele ambiente) mostrando ao que veio, e só confirmando que a banda tem evoluído cada vez, o pouco que vi (cheguei quase no fim da apresentação da banda) era um  som limpo, pesado e rápido. 


Do crossover ao Black metal , sobe ao palco a banda Black Aeon, transformando o ambiente em uma atmosfera sombria e carregada, com os membros da banda usando uma característica tradicional do gênero, Corpse Paint. Pós primeira canção e mais um leve atraso (um corda arrebentou, situação normal em apresentações ao vivo), muito bem suprido com a ótima apresentação da banda, muito bem vinda a  este momento que vive a cena amapaense.

A Terceira banda da noite foi a Thrash Metal amapaense, Carnnyvale. Com certeza o ponto mais alto do evento, com uma atmosfera de destruição e  uma apresentação energética que levantou o publico que estava presente a agitar muito e não mais fiar parado, respondendo a fúria e peso proposto no som da banda, com direito a gritos e protesto do vocalista Brendo, contra a falta de apoio a cena banger/rock local e mesmo, elogios ao público que sempre comparece aos eventos.



A resposta do público foi muitos aplausos, bangeadas e muito mosh a cada minuto. A banda levou canções covers (inclusive com "homenagem" as mães ao modo thrash) e canções próprias carregadas da  junção de Tremolo picking e blast beat, criando um som que lembrava uma zona de guerra. Momentos memoráveis!



A banda Obthus levou canções próprias e covers de bandas como Death e a já costumeira em suas apresentações a bastante tempo, o som do Kreator. Uma coisa que me chamou atenção na agitação do publico foi um puxão de cabelo sofrido por um banger cabeludo que estava  “pogando” no meio da roda de pogo ou seria roda de socos? Enfim, o coitado levou uns puxões de cabelo e quase saiu uma briga, mas como o público  em eventos fechados tem se mostrado cada vez mais civilizado, tudo passou por apenas empurrões e muita piração. Porém pessoas cabeludas tem de tomar cuidado em rodas de pogo. Seguindo sua apresentação, banda Obthus levou  covers de Sepultura, como a aclamada e cantada pelo publico ali presente, “Beneath The Remains”.


 Finalizando a noite porrada do “Norte Extremo Fest”, a ultima banda foi a Opus Profanus,  com seu som Black Metal com um público ainda significativo prestigiando a apresentação.

Logo mais posto todas fotos!