domingo, 17 de março de 2013

Revistas Pulp


Editorial inspirado nas Pulp
Pulp Magazines ou Revistas PULP, ou simplesmente "pulps", são revistas  de ficção barata, feita em papel de baixa qualidade, onde trás histórias de ficção publicadas com mais frequência em 1896 até os anos 1950 por autores populares nos Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha. 

Embora muitos escritores respeitados também, tenham  escrito para as pulps, as revistas são mais lembrados por suas figuras sinistras, sempre com muito sangue e sensacionalismo nas histórias e por suas artes da capa fortes com imagens de mulheres com armas ou coisas do tipo. Quero destaca que as capas são pra mim a melhor parte de muitas revistas desse seguimento.


A primeira "pulp" foi feita por Frank Munsey da renovada revista Argosy de 1896, cerca de 135.000 palavras (192 páginas) por edição, feita em papel barato e sem ilustrações. Nessa época era comum  e crescente o mercado de romances de pouca qualidade, antes de Munsey, ninguém tinha combinado a impressão com papel de celulose barata e autores desconhecidos em um pacote que, trouxesse entretenimento por preços acessíveis para a classe trabalhadora ler. Em seis anos a revista Argosy passou de alguns milhares de cópias por mês para mais de meio milhão. Logo surgiram outras revistas do meio.

No seu auge de popularidade nos anos 1920 e 1930, as pulps de maior sucesso poderia vender até um milhão de exemplares por edição. As revistas de pulp de maior sucesso foram Argosy e a Adventure.


Embora as revistas pulp tenha sido um fenômeno principalmente americano, houve também uma série de revistas pulps britânicas publicados durante e antes da Segunda Guerra Mundial.

 Essas revistas geralmente eram dedicadas às histórias de fantasia e ficção científica e não raro o termo "pulp fiction" foi usado para descrever histórias de qualidade menor ou absurdas. A despeito disso, vários escritores famosos já trabalharam em pulps, como Isaac Asimov que escreveu para a Astounding Science Fiction, dentre outras. 

Capa de uma Pulp
Outros foram Raymond Chandler e Dashiell Hammett, ambos em início de carreira. Perceba que são todos são autores estadunidenses, pois foi nos Estados Unidos que as revistas pulp tiveram maior expressão.

As pulps eram um tipo de entretenimento rápido, sem grandes pretensões artísticas, ainda que bastante divertidas. Pode-se dizer que, em uma época sem televisão, elas ocupavam o papel que as séries de televisão ocupam nos dias atuais. Os super-heróis das histórias em quadrinhos são considerados derivados da literatura pulp.

Após a Segunda Guerra Mundial, o preço do papel de celulose aumentou consideravelmente. A solução das editoras de pulps foi diminuirem o formato tradicional.

Arte de Pulp

Durante a Segunda Guerra Mundial houve uma escassez de papel e teve um sério impacto sobre a produção de revista, a partir de um aumento constante dos custos, começou aí o declínio das pulps. Porém a influências dessas revista ainda é visível nos cinemas mais populares e underground e até editoriais de moda de alto nível.

Nesse periodo as pulps passaram a ter a concorrência dos quadrinhos e dos livros de bolso. De fato, várias editoras de quadrinhos como a Marvel Comics e Fiction House, no início publicavam pulps. Artistas como os escritores Julius Schwartz e Mort Weisinger trabalharam em pulps e migraram para os quadrinhos.

Volta e meia personagens "pulp" são homenageados nos quadrinhos e inspiram novas obras e personagens. Em 1999, o escritor inglês Alan Moore criou para America's Best Comics o personagem Tom Strong, claramente inspirado nos pulps.

Capa de Pulp
Normalmente se assimila as capas de revistas pulp com imagens de mulheres seminuas, escondendo-se sob um vilão armado de faca ou mesmo armas de peso. Hoje as Pulps estão quase extintas, mas ainda se encontra revistas com diversos temas: pulps de amor, de esporte, de crime,  de aventuras policial, de ficção científica e fantasia.

Logo o termo pulp fiction, também pode se referir a massa de mercado de livros de bolso desde 1950, talvez de forma errada.


Em 1994, Quentin Tarantino dirigiu um filme intitulado de Pulp Fiction, em homenagem esse seguimento da literatura popular e lembra muito da cultura criada por revistas como à revista Black Mask que encarna e trata de personagens decadentes e violentos, além de 3 histórias quase sem muita ligação que de alguma forma se fundem, além de claro, a capa do filme é uma arte no estilo das pulps.


O filme assim como as revistas é caracterizado pela sua violência, é conhecido por seus diálogos ricos e ecléticos, mistura irônica de humor e violência, narrativa não-linear, uma série de alusões a outras produções cinematográficas e referências à cultura pop. O filme Pulp Fiction, foi indicado a sete Óscares, incluindo Melhor Filme. Um sucesso comercial e de críticas

Após o ano de 2000, várias pequenas editoras independentes lançaram revistas com contos, ou romances que resgatavam a linha  e a tradição das revistas pulp do início do século 20.


Estas publicações especializadas, possuem tiragens limitadas. Em 2004, algumas editora internacionais estiveram publicando revistas que são chamadas de a  " Nova Era da Pulp", com as características de pulp fiction para leitores maduros contemporâneos: terror, violência e sexo. EA Guest uma das que se destacam dessa nova geração, pode ser comparada a uma mistura de pulp icone da era passada com histórias que lembram as de Talbot Mundy e Stephen King.

Nenhum comentário:

Postar um comentário